16 de Fevereiro:
Antigamente os animais não tinham rabo. Nem a raposa, nem o coelho, nem a doninha, nem o rato.
Um dia, correu a notícia de que ia haver uma grande feira; uma feira como nunca ninguém tinha visto. E na feira iam vender rabos.
A raposa corria depressa. Então correu mais depressa ainda e foi a primeira a chegar na feira.
E era verdade. Havia montes de rabos na feira: fofos, fininhos, compridos, curtos, arrepiados, lisos, pelados, ásperos, espinhentos...
A raposa olhou por toda parte, procurou bem e escolheu o mais bonito e o mais peludo.
Toda orgulhosa ia voltando para casa quando encontrou o cachorro.
— Sobrou algum rabo na feira? - quis saber o cachorro.
— Ah, um monte! - disse a raposa. - Mas nenhum tão bonito quanto o meu.
Mas o cachorro também achou um rabo do gosto dele.
Ele ia voltando para casa quando encontrou o gato.
— Sobrou algum rabo na feira? - quis saber o gato.
Ah! Um monte! - disse o cachorro. - Mas nenhum tão bonito quanto o meu...
Só que o gato achou, todo satisfeito, um rabo comprido listrado que dava a impressão de se mexer sozinho.
Ele ia voltando para casa quando encontrou o cavalo.
—Sobrou algum rabo na feira? - quis saber o cavalo.
—Ah, um monte! - disse o gato. - Mas nenhum tão bonito quanto o meu.
O cavalo foi e escolheu um rabo grande e comprido que achou o máximo, com crinas bem longas.
Ele ia voltando para casa quando encontrou a vaca.
—Sobrou algum rabo na feira? - quis saber a vaca.
—Sobrou - respondeu o cavalo. - Só que os mais peludos, os mais vistosos já foram vendidos. Os que ficaram são meio sem graça... Vá dar uma olhada!
A vaca procurou, procurou, e acabou desencavando um rabo comprido que parecia um galho seco.
Muito depois de todo mundo chegou finalmente o porquinho.
—Sobrou algum rabinho? - roncava ele. - Sobrou algum rabinho?
O único rabo que o porco encontrou foi um rabinho de saca-rolha. Ele achou lindo, e no mesmo instante pendurou.
—Tenho um rabinho muito bonito - roncava todo feliz. - Tenho um rabinho muito bonito... E ficava o tempo todo olhando para o rabinho.
Mas nós sabemos muito bem que o rabo mais lindo é o da raposa.
E desde aquele dia toda a bicharada anda de rabo...
Um dia, correu a notícia de que ia haver uma grande feira; uma feira como nunca ninguém tinha visto. E na feira iam vender rabos.
A raposa corria depressa. Então correu mais depressa ainda e foi a primeira a chegar na feira.
E era verdade. Havia montes de rabos na feira: fofos, fininhos, compridos, curtos, arrepiados, lisos, pelados, ásperos, espinhentos...
A raposa olhou por toda parte, procurou bem e escolheu o mais bonito e o mais peludo.
Toda orgulhosa ia voltando para casa quando encontrou o cachorro.
— Sobrou algum rabo na feira? - quis saber o cachorro.
— Ah, um monte! - disse a raposa. - Mas nenhum tão bonito quanto o meu.
Mas o cachorro também achou um rabo do gosto dele.
Ele ia voltando para casa quando encontrou o gato.
— Sobrou algum rabo na feira? - quis saber o gato.
Ah! Um monte! - disse o cachorro. - Mas nenhum tão bonito quanto o meu...
Só que o gato achou, todo satisfeito, um rabo comprido listrado que dava a impressão de se mexer sozinho.
Ele ia voltando para casa quando encontrou o cavalo.
—Sobrou algum rabo na feira? - quis saber o cavalo.
—Ah, um monte! - disse o gato. - Mas nenhum tão bonito quanto o meu.
O cavalo foi e escolheu um rabo grande e comprido que achou o máximo, com crinas bem longas.
Ele ia voltando para casa quando encontrou a vaca.
—Sobrou algum rabo na feira? - quis saber a vaca.
—Sobrou - respondeu o cavalo. - Só que os mais peludos, os mais vistosos já foram vendidos. Os que ficaram são meio sem graça... Vá dar uma olhada!
A vaca procurou, procurou, e acabou desencavando um rabo comprido que parecia um galho seco.
Muito depois de todo mundo chegou finalmente o porquinho.
—Sobrou algum rabinho? - roncava ele. - Sobrou algum rabinho?
O único rabo que o porco encontrou foi um rabinho de saca-rolha. Ele achou lindo, e no mesmo instante pendurou.
—Tenho um rabinho muito bonito - roncava todo feliz. - Tenho um rabinho muito bonito... E ficava o tempo todo olhando para o rabinho.
Mas nós sabemos muito bem que o rabo mais lindo é o da raposa.
E desde aquele dia toda a bicharada anda de rabo...
CAPUTO, Natha e BRYANT, Sara Cone. Histórinhas de Contar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1999 (Adaptado).
Perguntas que podem ser realizadas antes da leitura do texto:
- Vocês tem animais?
- Quais as características dele?
- Eles tem rabo?
- Quais os animais não tem rabo?
- Por que os animais tem rabo?
- Partindo do texto lido pelo professor, faça uma lista dos nomes dos animais que aparecem nele;
- Agora crie uma frase relacionada a uma das personagens do texto;
- Em seguida faça uma ilistração dos personagem do texto;
- Dê um outro título ao texto (o professor pode dar alternativas, fica seu critério).
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